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- Por que você não vai tomar banho, seu gordo sebento?
Já na banheira, o gordo percebe que nem a água quer ficar com ele. Metade cai fora, preferindo manter uma relação mais íntima com o chão do banheiro. Dá um friozinho na barriga. Até porque parte da barriga, como um iceberg, fica pra fora da espuma. Mas é na saída do banho que a situação fica ainda mais ridícula. Chega o fatídico momento de colocar o roupão. É triste. Com algum esforço, o cinto até fecha, mas o roupão não. Fica aquele decote tipo Luma de Oliveira, que dá pra ver até o umbigo. Só que no lugar da Luma está o Jô, saca! É constrangedor. Quando o gordo finalmente chega no quarto, a situação consegue ficar ainda pior. Se um elefante incomoda muita gente, dez elefantes de roupão refletidos nos espelhos incomodam muito mais. Para que tanto espelho? Se o próprio gordo já fica mal, imagina a parceira cercada pela manada? Se eu fosse ela, não dava mais de comer aos animais. Mas de todos os espelhos o mais cruel, sem dúvida, é o do teto. A vista é estarrecedora. Dá até para entender por que a maioria das mulheres transa com os olhos fechados. Acho que a única utilidade de tantos espelhos é prá gente conseguir ver o pinto que a barriga não deixa a gente ver ha muitos anos. Já faço até xixi no piloto automático. Eu, como sou um gordo experiente, uso uma tática infalível: ligo o ar condicionado no máximo para forçar o uso do lençol. Afinal, o que os olhos não vêem...
Jô Soares
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