Um amigo meu, que por acaso é alentejano queria livrar-se de um gato. O animal, era muito irrequieto, estragava-lhe os sofás, pendurava-se nas cortinas, enfim, era um terror. Andou a congeminar a melhor maneira de se livrar do gato, telefonou para várias instituições, e não arranjou quem o quisesse, então, um dia levou-o até a uma esquina distante e voltou para a casa.
Quando chegou a casa, o gato já lá estava. Ele ficou pensativo, como é que o raio do gato, chegou a casa 1º do que ele, mas, voltou a levá-lo novamente, agora para mais longe. No regresso, encontrou o gato calmamente em casa, e a lambuzar-se numa tarte que a mulher lhe tinha deixado para o lanche.
Fez o mesmo processo, de o levar para longe de casa, mais umas três vezes, cada vez até mais longe, e o gato voltava sempre para casa.
Furioso e passado dos carretos, pensou :
- "Vou-te lixar!"
Pôs-lhe uma venda nos olhos, amarrou-o, meteu-o num saco opaco e colocou-o na mala do carro.
Subiu à serra mais distante, entrou e saiu de diversas estradinhas.
Deu mil voltas... e acabou por soltar o gato no meio do mato.
Passadas umas horas, o alentejano liga para casa pelo telemóvel:
- Tá, Maria, a porra do gato já chegou a casa?
- Já...
- Ainda bem, deixa-me falar com esse cabrão porque eu estou perdido...
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