O “De” e o “Da”. A má disposição nacional trouxe para o discurso público palavras que viviam sem abrigo. Sigo o tomar no cu do Francisco José Viegas para expressar a minha admiração pelos que conseguem distinguir um corrupto "De" merda, de um corrupto "Da" merda. O decisivo, para esses puristas da merda, é o “De” e não o corrupto.
Tudo está na preposição de e não no artigo, no caso, dois artigos: o A, da contração da, e o corrupto – ele próprio.
É evidente que, bem vistas as coisas, um corrupto "dE" merda é diferente de um corrupto "dA" merda.
O "De" Merda, quer dizer que ele é Um Merdas.
O "Da" Merda, quer dizer que ele trafica, vende, trata de Merda, que está, simplesmente, sujo de Merda. Enfim e resumindo: com de, ou com da, vai tudo dar à mesma Merda, excepto se se tratar de um presidente de câmara, ou da câmara. Onde não há merdas, nem meias merdas, pode fazer sentado ou de cócoras!
Por Coronel Carlos Matos Gomes
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