O MR.BANINHA ADVERTE: "O Uso continuado deste blogue, causa histeria colectiva, dores no alto ventre, micoses várias, leves sintomas de Tourette, e uma incapacidade inexplicavel de pronunciar «Zingarelho» sem provocar tremuras no lábio superior..."

"Divórcios" parte I

A convite do baninha estou aqui para falar sobre o tema “Divórcio” e dar o meu testemunho.

Estive casada 7anos e estou divorciada à 5 anos e meio e acreditem que não desejo a ninguém o que passei desde o dia em que assinei o maldito papel do casamento (pelo civil). A partir desse momento conheci o verdadeiro homem com quem casei, um homem possessivo, ciumento, violento, que me tratava “abaixo de cão”. Por vezes penso como foi possível amar tanto um homem que me desrespeitava, que me tratava tão mal!!!

Sofri agressões físicas e as piores de todas, as psíquicas onde fui humilhada, desvalorizada, ameaçada … Depressa o MEDO apoderou-se de mim, a vergonha, a auto estima cair, pensando mesmo no suicídio farta da vida que levava. É assim que vivem a maior parte das mulheres vitimas da Violência Doméstica (sofrer em silencio) e é para elas que escrevo, para verem que podemos ser felizes e que merecemos o ser, basta querer.

Enfrentei meu ex pela primeira vez no dia que descobri em que estava grávida, pois ele queria que abortasse. Cheguei mesmo a fazer as minhas malinhas para me vir embora, mas mais uma vez a pedido dos meus sogros dei-lhe mais uma oportunidade na condição de ele me respeitar como mulher. Foi a partir desse dia em que comecei a olhar para mim, a gostar mais de mim. Com este “abanão” levou o comportamento do meu Ex a melhorar, até um dia. Um ano depois volta as agressões tanto físicas como psíquicas e fui me aguentando até sofrer uma agressão em que me marcou fisicamente. Desta vez resolvi não o enfrentar. Decidida em terminar tudo e seguir com a minha vida para a frente, fiz queixa dele por agressão, fui ao hospital para registarem as marcas físicas que apresentava no corpo e quando tive carta-branca da advogada sai de casa (isto para não correr o risco de ser acusada de tentativa de rapto do meu filho). Foi pelo meu filho que tomei esta decisão, foi por ele que ganhei forças e pôr um “basta” à situação. Não queria que ele vivesse num ambiente de violência e num certo modo protege-lo antes que a violência se virasse para ele. O importante aqui, é dar o primeiro passo e depois seguir em frente sem olhar para traz.

A todas as mulheres que neste momento são vítimas de maus tratos pelos seus maridos, ganhem a coragem de por um “basta”, agarrem-se a quem vos poderá dar forças para seguir em frente e acima de tudo conquistem novamente a vossa auto-estima amando a si mesma.

Aproveitando esta viragem de ano vos digo:

ANO NOVO VIDA NOVA, VIVAM E SEJAM FELIZES, vocês merecem.

No próximo post, falar-vos-ei das peripécias do meu divórcio falando a sério, brincando. Até lá desejo a todos um FELIZ 2011

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